¨E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. Gênesis 2:18
Como escrevi no texto anterior, começarei essa série de textos falando sobre sexualidade. Tentarei ser o mais esclarecedor possível, desde que não fuja dos meus princípios éticos cristãos. O primeiro tema é a importância de uma vida sexual ativa no casamento.Olhando para o versículo acima, é fácil entendermos que Deus se preocupou com a situação de Adão, pois, não encontrava uma ajudadora adequada para ele. Abro aqui um momento de reflexão: O homem se encontrava no Éden, um lugar perfeito onde tinha tudo aparentemente para ser completamente feliz, mas estava faltando algo. O que seria? Inteligência? Presença de Deus? Trabalho? Não! Nenhuma dessas coisas lhe faltava, o que lhe faltava era uma ajudadora idônea.
Inteligência ele tinha, a Presença de Deus era constante, mas não se encontrava uma ajudadora adequada ao homem, os animais eram inferiores e Deus é superior. O Ser supremo cria a mulher, do homem, ela é criada, o ser idôneo aquele que é completo, competente, apta e capaz de suprir a falta sentida pelo homem. Adão tinha o próprio Deus para conversar, tinha as coisas criadas para lhe fazer companhia, mas faltava alguém que lhe completasse para poder assim cumprir a ordem de multiplicar conforme a sua espécie.
[...] Faltava ao homem alguém que lhe fosse semelhante, ossos dos seus ossos, carne da sua carne, alguém que se chamasse “varoa” porquanto do “varão” foi formada. Essa correspondência não foi encontrada nos seres irracionais criados, mas na criatura tomada de sua própria carne e essência. A mulher era ao homem o vis-à-vis de sua existência. Seu reflexo. Partida e chegada. Bentho (2006, p.24)
Lembrando que em nenhum momento essa ordem foi retirada por Deus na Bíblia, ela continua com plena força sobre os seres criados. O homem continua multiplicando assim como os animais. Para o cumprimento dessa ordem é necessário que tenha um macho e uma fêmea, hoje sabemos que o ato sexual para procriação pode ser subjetivo, pois hoje se pode fazer uma inseminação artificial para gerar uma vida. É aqui que começa o assunto que quero escrever.
A ciência conseguiu evoluir muito, mas na questão do sexo ficou muito a desejar. Gerar um filho sem o ato, até é interessante, mas deixa aí, fatores distintos daquilo que Deus criou para o ato sexual.
O ato sexual não é só uma mera forma de se produzir um ser, aquilo que Deus criou para esse momento é muito mais complexo do que a ciência pode chegar. Deus criou uma forma onde o ato de gerar uma vida não seja mecânico. O ato sexual criado por Deus tem muitos objetivos além de fazer a procriação. Entre as coisas criadas por Deus está que no relacionamento entre um homem e uma mulher ele envolve o prazer, físico, emocional e espiritual. A ciência até consegui ter formas de gerar um filho por outros métodos que não sejam o ato, mas não consegue ter a completude da mesma forma que Deus criou. Nunca vi ninguém dizer que sentiu prazer físico fazendo inseminação artificial.
O casal precisa ter um relacionamento verdadeiro onde os dois tenham por meta alcançar o tão grande momento criado por Deus, para mostrar que o homem e a mulher são verdadeiramente um só carne. O ato sexual no casamento tem que alcançar a as três esferas, física, emocional e espiritual.
“Porque nossos corpos são o templo do Espírito Santo, o ato sexual nunca pode ser somente uma coisa física. Ele precisa ser a combinação da mente, alma, emoções e espírito” Joseph Campbell.
Esfera física: o homem e a mulher saudável sentem uma necessidade física de sentir prazer. E isso é algo individual. E não conheço nada que possa ser mais prazeroso do que o sexo. Quanto aos benefícios de se fazer sexo, as revistas, jornais, televisão e internet estão aí mostrando os benefícios físicos para o sexo.
O que às vezes confundem os casais é que nem sempre os dois, marido e mulher estão com a mesma vontade, e muitas vezes se acha injusto que um faça sexo mesmo que a principio não tenha vontade. Aqui é que eu discordo de muitos. Seria bem melhor que os dois tivessem vontade todos os dias igual, mas não é isso que acontece sempre, e o que me parece é que a questão fica no egocentrismo. Se não vai ser bom para mim então não quero fazer, e assim deixa de lado a outra pessoa deixando de mostrar verdadeiramente o seu amor pelo outro.
Na verdade aqui mora a maior demonstração de amor um pelo outro, pois, não é só por que está com vontade, mas sim por que ambos se amam, e por isso um entrega a si mesmo para satisfazer a sua outra metade, e ambos respeitam que há uma diferença física entre os dois. Tenho por certo que se respeitarem essa questão teriam muito mais paz em seu casamento, pois em media teriam de dez ou mais momentos íntimos entre o casal. Isso daria uma relação a cada três dias, o que vejo que é o período suficiente para que os pensamentos não se percam em fantasias.
Lembrando que se Deus não quisesse que o ato também fosse para o prazer, a mulher engravidaria todas as vezes que fizesse, e isso não ocorre. Segundo sabe-se a mulher pode engravidar durante + ou – três dias por mês o que sobraria em media 27 dias que o ato sexual teria só a função de dar prazer ao casal. Fica claro pelo menos para mim que o ato sexual é mais importante para o prazer, do que para a procriação. E quando falo prazer quero dizer em uma completude, um prazer onde ambos são edificados por esse ato de amor.
¨O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido.
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. 1 Coríntios 7:3-6
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. 1 Coríntios 7:3-6
Conclusão: Para que seja interrompido o relacionamento entre marido e mulher são necessárias três condições:
- consentimento mútuo.
- tempo limitado.
- motivos espirituais e não egoístas.
Se um dos cônjuges está interrompendo o bom andamento do relacionamento sem levar em consideração uma dessas condições, ele está colocando em risco toda a vida conjugal, e na verdade quebrando todo o conselho divino, está trabalhando para satanás e lançando o outro para uma armadilha muitas vezes sem volta.
No próximo texto falarei da esfera emocional.
Até mais.
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